Nascido em uma fazenda no distrito de Pombal, estado de Minas Gerais,Joaquim José da Silva era filho de Domingos da Silva Santos e de Antônia da Encarnaçãp Xavier.
Trabalhou como mascate e minerador, e se dedicou, também, às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de TIRADENTES.
Com os conhecimentos que adquiriu nos trabalhos de mineração, tornou-se técnico de reconhecimento de terrenos e na exploração de seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro; em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do Destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", rota que servia de escoamento da produção mineradora da Capitania mineira ao porto do Rio de Janeiro.
Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela Metrópole, insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançado o posto de alferes, patente inicial do oficialato da época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo,pediu licença da cavalaria em 1787.
Morou po volta de um ano no Rio de Janeiro. De volta a Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores a favor da independência daquela província. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manoel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Inácio José de Alvarenga Peixoto. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das Colônias que culminaram com a formação dos Estados Unidos da América.
Além das influências externas, fatores regionais e econômicos contribuiram, também, para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a declaração da "Derrama", uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos atrasados, mesmo que fosse preciso confiscar todo o dinheiro e bens do devedor, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luiz Antônio Furtado de Mendonça, o que afetou especialmente as elites mineiras.
Ficou estabelecido que na noite da insurreição os líderes dainconfidência sairam às ruas de Vila Rica, dando vivas à República, o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789, foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, Basílio de Brito Malheiro e Inácio Correia de Pamplona, Luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda.
Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro, escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio . 10 dias depois, o Visconde de Barbacena iniciava a prisão dos incondidentes em Minas.
Negando a princípio a sua participação, Tiradentes foi o único a, posteriormente, assumir toda a responsabilidade pela "Inconfidência", inocentando seus companheiros. Alguns foram condenados a morte e outros a degredo, no entanto, por um Decreto de Clemência, D. Maria modificou toda a sentença, a exceção apenas para Tiradentes.
E assim, numa manhã de sábado, em 21 de abril de 1792. Tiradentes percorreu as ruas da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo.O Governo Geral tratou de transformar a execução em uma demonstração de força da Coroa Portuguesa, fazendo verdadeira encenação.
Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a Certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames a sua memória e os seus descendentes. Sua cabeça foi erguida em um poste em Vila Rica,seu corpo foi dividido em quatro partes e distribuído ao longo do caminho das Minas Gerais.
No dia 21 de abril vem à memória a figura impar de TIRADENTES, imolado pela causa da Liberdade que ele tanto amou e acabou pagando seu sonho com a própria vida. nos mostrou o caminho da LIBERDADE, da IGUALDADE e da FRATERNIDADE, base que ele quis para a Bandeira dos Inconfidentes.
Nossa Pátria hoje- a mesma que ele sonhou há mais de 2 aéculos - lhe rende merecida homenagem ao acolhê-lo como o PATRONO CÌVICO DA NAÇÃO BRASILEIRA - art. 2º da Lei nº 4.897, de 9-12-65.
Essa merecida homenagem da Pátria foi assim resumida:
" Esta manifestação do povo e do Governo da República em homenagem ao Patrono da Nação Brasileira, visa evidenciar que a sentença condenatória de Joaquim José da Silva Xavier não é labéu que lhe infame a memória, pois é reconhecida e proclamada oficialmente pelos seus concidadões, como o mais alto título de glorificação do nosso maior compatriota de todos os tempos".
E que no futuro traga bênçãos a todos os homens livres, que preferem morrer para não ver aquilo que mais amam preso aos grilhões do despotismo e da tirania.
E nós maçons, na véspera do 214º aniversário de seu passamento para o Oriente Eterno, devemos nos irmanar no mais profundo respeito e orgulho, pois a LIBERDADE que hoje nos permite estar aqui reunidos rendendo Glórias ao Grande Arquiteto do Universo, foi escrita com o sangue desse pranteado compatriota, o qual imaginava que " se todos quisessem, poderíamos fazer do Brasil uma grande nação".
Pesquisa:
http:/wikipedia.org/wiki/tiradendes
Texto da lavra do Ir.´. Juvenal Antunes Pereira
Pesquisa apresentada em reunião da nossa Loja.´. pelo Ir.´. Damildes Tavares (MI)
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